O Microempreendedor Individual (MEI) Ă© o modelo de negĂ³cios mais popular do paĂs. Em mĂ©dia, a cada 10 empresas abertas no Brasil, 7 delas sĂ£o de microempreendedores individuais.
Apesar de ser um modelo de negĂ³cios extremamente vantajoso e popular. Vez ou outra, o MEI acaba passando por mudanças importantes, e uma delas diz respeito a uma nova obrigaĂ§Ă£o marcada para acontecer em 2025.
A partir do mĂªs de abril de 2025, os Microempreendedores Individuais (MEIs), precisarĂ£o ficar atentos Ă s novas exigĂªncias fiscais estabelecidas pela Receita Federal atravĂ©s da Nota TĂ©cnica 2024.001.
Essa atualizaĂ§Ă£o promove mudanças muito importantes para todos os MEIs que emitem Nota Fiscal, seja ela no modelo Nota Fiscal EletrĂ´nica (NF-e), tal como a Nota Fiscal do Consumidor EletrĂ´nica (NFC-E).
Nova exigĂªncia a partir de 2025
A partir de 1º de abril de 2025, o Microempreendedor Individual (MEI) terĂ¡ que colocar o CĂ³digo do Regime TributĂ¡rio (CRT) “4 – Simples Nacional – Microempreendedor Individual – MEI” todas Ă s vezes que emitir uma NF-e ou NFC-e.
Esse cĂ³digo CRT 4 foi desenvolvido pela Receita Federal para que seja possĂvel identificar de maneira mais clara e precisa quais sĂ£o as operações que estĂ£o sendo realizadas pelo MEI, diferenciando-o dos demais regimes tributĂ¡rios.
Isso porque, atĂ© entĂ£o, nĂ£o havia uma maneira muito precisa para que o Fisco pudesse acompanhar exatamente quais foram as Notas Fiscais que foram emitidas pelo MEI, e quais sĂ£o de outras empresas, especialmente as do Simples Nacional.
Outro ponto importante Ă© que a nova versĂ£o da NT substituĂ o evento “denegaĂ§Ă£o” por “rejeiĂ§Ă£o”, essa mudança segue o Ajuste Sinief 43/2023. Em outras palavras, caso ocorra um erro na emissĂ£o da Nota Fiscal, ela serĂ¡ rejeitada ao invĂ©s de denegada, garantindo mais agilidade para o empresĂ¡rio.
CFOPs tambĂ©m passarĂ£o por mudanças
AlĂ©m da inclusĂ£o do novo cĂ³digo quando o MEI emitir notas fiscais, serĂ¡ implementado tambĂ©m no dia 1º de abril de 2025, a atualizaĂ§Ă£o dos CĂ³digos Fiscais de Operações e Prestações (CFOPs), que sĂ£o aplicĂ¡veis para o Microempreendedor Individual.
Essa era uma exigĂªncia que começaria a ser cobrada agora no mĂªs de setembro, contudo, acabou sendo adiada, dando mais tempo para que os empreendedores que sĂ£o MEI possam se adequar.
Os CFOPs especĂficos que o MEI deverĂ¡ utilizar sĂ£o:
1.202: DevoluĂ§Ă£o de venda de mercadoria
1.904: Retorno de remessa para venda fora do estabelecimento
2.202: DevoluĂ§Ă£o de venda de mercadoria (interestadual)
2.904: Retorno de remessa (interestadual)
5.102: Venda de mercadoria adquirida
5.202: DevoluĂ§Ă£o de compra para comercializaĂ§Ă£o
5.904: Remessa para venda fora do estabelecimento
6.102: Venda de mercadoria adquirida (interestadual)
6.202: DevoluĂ§Ă£o de compra para comercializaĂ§Ă£o (interestadual)
6.904: Remessa para venda fora do estabelecimento (interestadual)
No caso de operações de comĂ©rcio exterior, ativo imobilizado e ISSQN, o MEI poderĂ¡ utilizar os seguintes CFOP: 1501, 1503, 1504, 1505, 1506, 1553, 2501, 2503, 2504, 2505, 2506, 2553, 5501, 5502, 5504, 5505, 5551, 5933, 6501, 6502, 6504, 6505, 6551 e 6933
Impactos para o MEI
As novas regras vĂ£o trazer mudanças importantes para o MEI, representando vantagens e desafios. Uma das principais mudanças Ă© a obrigatoriedade de incluir o CĂ³digo de Regime TributĂ¡rio (CRT) nas notas fiscais, especificado como “4 – Simples Nacional – Microempreendedor Individual – MEI”.
Muito embora essa exigĂªncia possa parecer um pouco mais burocrĂ¡tica, ela tem como objetivo trazer mais organizaĂ§Ă£o e clareza para os negĂ³cios dos microempreendedores.
Isso exigirĂ¡ mais cuidado dos MEIs na emissĂ£o de notas fiscais, mas tambĂ©m facilitarĂ¡ a fiscalizaĂ§Ă£o e ajudarĂ¡ a evitar complicações futuras com a Receita Federal.
AlĂ©m disso, hĂ¡ a mudança nos CĂ³digos Fiscais de Operações e Prestações (CFOPs), que tambĂ©m impactarĂ¡ diretamente a rotina tributĂ¡ria do MEI. AdaptaĂ§Ă£o aos novos cĂ³digos pode demandar estudo e mais atenĂ§Ă£o nas operações comerciais, mas, a longo prazo, garantirĂ¡ para uma gestĂ£o fiscal mais organizada.
Essas alterações exigem uma atenĂ§Ă£o maior por parte do MEI para evitar erros e manter o CNPJ em dia. Apesar de algumas exigĂªncias parecerem trabalhosas, elas devem simplificar o controle fiscal bem como reduzir possĂveis problemas futuros com o Fisco.
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